terça-feira, 17 de junho de 2014

Será que eu sou a única idiota do mundo?

Olho para a pilha de papéis que devo ler e anotar em vermelho e penso: caguei. Preferia umas cem vezes te ver saindo do banho novamente, limpo de mim. Pronto pra se sujar de mim novamente. Aí olho para essa pilha de livros que ensinam a roteirizar e penso: grande merda. Prefiria repassar pela milésima vez o roteiro que começa com você me beijando mais intenso, evolui pra você me beijando mais pra baixo e termina com você me beijando já sem forças.
Daqui a quarenta minutos chega o Paulão, meu personal. Mas eu olho para a minha roupinha de ginástica esticadinha em cima da cama e penso: foda-se. Preferia ouvir você dizendo de novo: vai, é sua vez de malhar. Preferia me irritar de novo com a sua preguiça de ficar em cima.
Chegou um e-mail com a programação completa do meu curso de yoga. Chegou outro com uma planilha de Excel cheia de datas que eu devo cumprir. Chegou outro com a mais nova modalidade de assalto na Henrique Schaumann. Grande bosta. Eu só queria que chegasse um e-mail seu. Ou melhor: que você chegasse ao vivo. E que você me trouxesse aqui a sua barriga, a sua nuca, a parte mais branca das sua coxas, a sua cara de bravo até pra sentir prazer e o seu cheiro de cigarro com amaciante. Me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega.
Meu jornal me diz que a Record comeu uma boa parte do share. E eu querendo comer você. Minha revista me diz que a Petrobrás comprou a Ipiranga. E eu querendo te trazer numa sacola e te usar dos pés à cabeça. A internet me diz que a crise aérea não tem solução. E essa minha saudade de você? Será que tem? Não, o segundo casamento não é uma praga papa, praga é sentir isso. Praga é acumular jornais, revistas, livros e papelada. Tudo sem ler. Tudo sem sentir. Porque me jogar pelos cantos e suspirar você é só o que eu consigo fazer.
Aí eu tomo um banho bem quente, pra te espantar da minha pele. E canto bem alto, pra te espantar da minha alma. E escovo minha lingua bem forte, pra separar seu gosto do meu. E quase vomito, pra parir você do meu fígado. E tento ser prática e parar de suspirar. E tento abrir a geladeira sem me perguntar o que eu poderia comprar pra te agradar. E tento me vestir sem carregar a esperança de esbarrar com você por aí. E tento ouvir uma música sem lembrar que você gosta de se esfregar de lado em mim. E tento colocar uma simples calcinha e não uma bala perdida pronta pra acertar você. E tento ser só eu, simplesmente eu, novamente, sem esse morador pentelho que resolveu acampar em mim. E nada disso adianta. E o esforço pra não fazer nada disso já é fazer tudo isso.
E eu escrevo um parágrafo e corro pra ver se tem e-mail. E eu escrevo uma linha e corro pra ver se tem mensagem de texto. E eu não escrevo nada e também não corro, apenas deixo você chegar aqui do meu lado, em pensamento. E me pego sorrindo, sozinha. E me pego nem aí para todo o resto.
Mas sabe o que acontece enquanto isso? Enquanto eu não me movo porque estou lotada de você e me mover pesa demais? O mundo acontece. O mundo gira. As pessoas importantes assinam contratos, ganham dinheiro. As pessoas simples lutam por um lugar na condução, um lugar no mundo. Estão todos lutando. Estão todos ganhando dinheiro. Estão todos fazendo algo mais importante e mais maduro do que suspirar como uma idiota e só pensar em você.
Eu tenho muita inveja dessas pessoas maravilhosas, adultas, evoluídas e espertas que conseguem separar a hora de ir a uma reunião de condomínio com a hora de desejar alguém na escada do condomínio. A hora de marcar o dentista com a hora de engolir alguém. A hora de procurar a palavra “macambúzio” no dicionário com a hora de se perder com as suas palavras que de tão simples parecem complexas. A hora de ser inteira e a hora de catar meus pedaços pelo mundo enquanto você dá sinais desmembrados.
Eu não consigo nada disso, eu me embanano toda, misturo tudo, bagunço tudo. A minha única dúvida é se sou a única idiota a fazer isso comigo ou se sou a única idiota a admitir que faço isso comigo.
 (Tati Bernardi) 

sábado, 26 de abril de 2014

Um texto sobre como eu te conheci

Quando eu o conheci, não o reconheci. 
Não foi óbvio o bastante pra que se tornasse inesquecível. 
Nunca poderei dizer que desde o primeiro momento sabia que seríamos um pro outro.
Não foi mágico como dizem nos filmes, sequer foi romântico.
Deixei de lado o desejo de esbarrar com um amor avassalador na fila do pão.
Parei com a mania de procurar em qualquer gesto uma pista do destino que aquele era o cara.
Eu estava à toa, meio de qualquer jeito.
Sinceramente, eu havia perdido um pouco a esperança.
Ou, talvez, a inocente vontade de me apaixonar de novo.

Já não tinha mais espaço na minha vida pra me perder em sorrisos falsos, pra desmascarar amores roubados.
Não mais me sentia no dever de provar que estava em pé novamente, que um coração inteiro se faz de pequenos pedaços.
Milhares deles, por sinal.   
Quando o conheci, não o reconheci porque, simplesmente, aprendi a ser egoísta.
E não me arrependi.
Esquecer como pensar por dois é consequência da abstinência.
Aos poucos, me acostumei com o vazio, com a inexistência de duas metades, com uma cama sem lados dispostos.
Ser egoísta é, dentre muitos pesares, o deleite de ser vazia.
Meio rebelde, quase inconsequente.
Mas capaz de se preencher de qualquer coisa por completo.
Não tinha tempo na minha vida pra ele, nem diálogos imaginários de nós dois.
Não estava pronta pra me dividir, tampouco me doar à alguém.
Eu também me queria por inteira.
Quando o conheci, não o reconheci porque desenvolvi uma angustiante mania de não me perder.
Passei a desviar do menor risco de me desconstruir.
Era como se eu não pudesse, nem por segundo, titubear.
Ensaiava piadas infames e risadas de deboche pra me defender de quem tentasse se envolver.
contece que ser egoísta também é tecer uma teia de inseguranças.
Ser tão centrada em si é a falta de espontaneidade.
É o medo de deixar de ganhar em situações que não se tem nada em jogo.
E eu apostava todas minhas fichas na minha confortável solidão.
Porque me parecia muito melhor noites sozinhas do que dias de aflições por sentimentos questionáveis.
Quando o conheci, não o reconheci porque, honestamente, eu estava sobretudo cansada.
Cansada de me fazer acreditar em mentiras deslavadas, em desculpas esfarrapadas.
Eu estava cansada da teoria que não se põe em prática, de fingir sentimentos que nunca tive e omitir à sete chaves todos aqueles que me consumiam aos poucos.
Estive cansada de tentar e de entender minhas escolhas por tanto tempo quanto pude culpar aos céus por tê-las tido.
Ou pelo tempo que já não me bastava mais crer em santos, destinos e até anjos.
E toda culpa que senti por não ter com o que preencher a metade que nunca me faltou, deu lugar ao cansaço da alma sobre o corpo.
Da mente sobre o espírito.
Eu decidi, em secreto desafio às crenças, que não procuraria mais ouvir sinos em beijos, nem descompensadas serenatas na janela.
Quando eu o conheci, não o reconheci porque já havia me desfeito de grande parte do meu passado, de pessoas que não valeram a pena, das roupas que ficaram apertadas e das pedras que juntei no caminho.
Sem que coubesse em mim planos de um futuro próximo e sequer o descontentamento.
Eu estava à toa, meio de qualquer jeito.
Quando eu o conheci, ignorei a força com que meu coração batia e a incontrolável crise de riso que senti.
Eu duvidei de minha própria sanidade e do fardo que mantive intacto dos relacionamentos anteriores.
Suei de mãos frias e de nervoso bati o queixo.  
Eu fantasiei à contragosto o retrato do meu passado.
Voltei no tempo, ao dia em que me perdi em desespero e furiosa jurei nunca mais passar por isso e nem assim pude me conter.
Eu não sabia que era ele.
Despretensiosamente, não sabia que era ele porque deixei de acreditar que deveria ter alguém feito pra mim e que juras de amor eterno me dariam um pra sempre.
Eu calada fiquei quanto as expectativas, quanto todas as tentativas.
Finalmente, eu entendi porque eu tive que desacreditar de tudo para acreditar em nós; enquanto eu estava à toa, era ele que me procurava.
E eu nunca o teria conhecido se não tivesse parado de juntar meus cacos.
Não foi o acaso que o fez me encontrar, mas o fato de que eu já sabia caminhar sozinha.
(Samantha Silvany)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Faz de mim casa da tua morada,
Porto da tua chegada
E acalento do teu coração. 
(Lorena Brito)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

"O meu amor"


O meu amor tem um jeito manso que é só seu e que me deixa louca. Quando me beija a boca a minha pele toda fica arrepiada. E me beija com calma e fundo, até minh'alma se sentir beijada, ai. 
O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes. Depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes, ai.

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz


O meu amor tem um jeito manso que é só seu, de me deixar maluca quando me roça a nuca e quase me machuca com a barba malfeita. E de pousar as coxas entre as minhas coxas quando ele se deita, ai.
O meu amor tem um jeito manso que é só seu. De me fazer rodeios, de me beijar os seios, me beijar o ventre e me deixar em brasa. Desfruta do meu corpo, como se o meu corpo fosse a sua casa, ai



(O meu amor, Chico Buarque)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Sobre os seus olhos

Olhar-te nos olhos é pedir pra se prender, se perder, te querer. Eu não sei o que eles tem de tão contagiante, ou melhor, eu sei, só não sei te explicar. Já viu algo tão simples mas tão interessante ao mesmo tempo? Algo para o qual você quer olhar por todo o tempo em que lhe for permitido? Algo para o que você olha sem saber explicar porque exatamente esta olhando? Seus olhos são assim. Não são verdes ou azuis, mas são lindos, são sinceros e, acima de tudo, são a coisa que eu mais gosto dentre todas: eles são seus.

(Lorena Brito)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O salto


A gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato — pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente — você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes? Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas.

Passos improvisados de tango e risadas, no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada. Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu necessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas — mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a grandiosa certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz.
Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não?
Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos. Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte — quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo — o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão –, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto.

(Antonio Prata)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Por ter


Não, não foi o cara mais lindo de todos, nem o mais forte ou o de olhos mais bonitos que me atraiu. Foi você. É você. E, na verdade, pra mim, os seus olhos são os mais bonitos, não só pela cor "normal" que eles tem, mas pela beleza que eles tem dentro, não apenas bonitos, mas sim verdadeiramente lindos (e sinceros). Em geral, você é o mais bonito de todos pra mim; eu aprendi a olhar com outros olhos, e com esses olhos, que enxergam mais longe, você é o mais bonito de todos, por dentro, por fora, do avesso ou de qualquer maneira. E não só por esses atributos que foi você e é você, é por seres quem és, por me tornares quem sou, é por você ser você, é por ter mexido comigo como ninguém fez antes, por ter o melhor gosto musical (até mesmo as músicas secretas), é por ter a barba malfeita mais linda do mundo, por ter os melhores elogios na hora certa, é por ter os carinhos ideais, é por me fazer sorrir sem precisar falar nada, é por me olhar nos olhos e me fazer querer congelar aquele momento, é por tudo, por ter a personalidade mais bonita que um cara já teve comigo, com erros, sabe? Claro que com erros, mas com erros que se não fossem tão seus você não seria tão você. Enfim, eu não sei explicar todos os 1001 motivos de eu gostar de você, só sei que foi você, é você e vai continuar sendo você. 
Ps. Sabe quando a gente vê algo tão lindo que queria que nossos olhos fossem uma câmera fotográfica? É o que eu sinto sempre que olho pra você.

(Lorena Brito)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Querer

Ainda não sei direito como lidar com essa vontade estranha de tanto te querer, de querer que teus cabelos se misturem aos meus, que a tua pele encontre a minha, de querer segurar tua mão e depois te fazer cafuné, de querer te fazer sorrir, rindo logo em seguida do elogio besta que você faria sobre qualquer coisa minha. Eu não sei como lidar com essa vontade de te querer além das barreiras, além dos "e se...", além do que vão pensar. Além de qualquer coisa.

(Lorena Brito)

sábado, 25 de janeiro de 2014

Falhas

Tocar no corpo e sentir as falhas, a saliência no fim da barriga, o seco nos lábios finos e a escuridão crescente de baixo dos olhos... ah, esses olhos que tanto já viram e tanto mais absorveram. A vida sempre parece início, mesmo próximo do fim; mas o corpo revela a passagem do tempo ainda que a vida continue seguindo, indolor e leve. E cada falha nao é um erro, é um acerto. Um acerto de contas com o tempo.

(Lorena Brito)

O que nunca foi


Eu queria sentir de novo como naqueles dias em que eu te achava bonito e certo, aqueles quando conversar com você era a alegria dos meus dias. Esse não é um texto de rancor, é só que, por vezes, é quase inacreditável o quanto as coisas mudam em um curto espaço de tempo; em um dia eu só queria a sua atenção, no outro não queria ouvir uma palavra que saia da sua boca e hoje? Hoje eu só posso dizer que não quero mais nada. Seria legal usar aquela frase que diz "O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim", só que não existe fim para o que nunca começou, e sem começo é fácil dizer adeus. Apesar de ser loucura dizer adeus para o que não existiu.

(Lorena Brito, em Janeiro de 2014)

Casamento: modo se usar

Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche. Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se. Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos. Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas. Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo. Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois. Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda. Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.

(Diego Engenho Novo)