domingo, 24 de fevereiro de 2013


“No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento…”
— Mario Quintana.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



"Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo." — Martha Medeiros






"Acalma esse coração, pequena, que desespero nunca resolveu problema."

- Caio


"Não sou daqueles que acham que tudo tem ou faz sentido. Algumas pessoas que eu levo a sério dizem que não há coincidências. Pode ser, sei lá. Não levo a sério tanta gente assim para que alguma pesquisa seja conclusiva. Seja o que for, me assustam certas coincidências".


Humberto Gessinger - Mapas do Acaso - Página 35.

domingo, 17 de fevereiro de 2013



"Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim ..." (Carlos Drummond de Andrade)



"A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. (...)" - Rubem Alves

— Texto escrito por Caio Fernando Abreu sobre Cazuza para a revista Around.


"Difícil juntar as coisas, nessa estranha síntese de Janis Joplin e Dalva de Oliveira: um garotão agitado, bonito. Sexualidade gauche, berrando poemas de sabor beat, loucamente temperados por pitadas de Lupicínio Rodrigues, Mick Jagger, Rimbaud, Jim Morrison e muito mais. Como é que pode? Eu ouvindo cada vez mais alto Exagerado ou Só as Mães São Felizes, vizinhos putos, e na minha cabeça rolando todas. Quem seria esse poeta com as letras mais poderosas da atual música brasileira? Quem seria esse roqueiro juvenil e profundo, lírico e maldito, chique e marginal, explodindo as fronteiras do bom-gosto estabelecido, às vezes insuportavelmente lúcido? Eu estava intrigado: à beira da paixão. Como com Angela Ro Ro, Billie Holiday, Lou Reed.

Ele existe. vocês sabem. Chama-se Cazuza, 27 anos de Áries com Sagitário, fogo suavizado pela Lua em Libra. Carioquésimo. De beira de praia, Ipanema. Filho único bem mimado, de pai produtor da Philips. Elis Regina pegava ele no colo. Ele espiava escondido os papos do pai com figuras como Tarso de Castro ou o lendário Roniquito (irmão da Scarlet Moon). Curtia os mais velhos: ele é mais velho que sua geração. Dublava sua coleção de discos de rock subido em cima da mesa, a vassoura fingindo de microfone. Menino exagerado, imitava os graves de Maria Bethânia. Estudou 10 anos num colégio de padres, na quarta série ginasial foi expulso: mau elemento, lógico. O pai prometeu um carro se ele passasse no vestibular. Passou, ganhou o carro e ficou só uma semana na faculdade: Comunicações. Cazuza escrevia uns baratos, queria ser jornalista. Ou fotógrafo, ou qualquer coisa. Mil cursos: medo de encarar a vocação maldita. Ou bendita? Bem, depende.

Um dia não fugiu mais. Começou com uma fase super-hiponga, quando foi o que ele chama de “cantor de fogueira”. Juntava, bicho, um pessoal em Mauá, Porto Seguro, Trancoso, aquelas coisas, em volta de uma fogueirinha. Pintava uma flauta, uma viola, e lá vinha Cazuza com sua voz rouca de HoIlywoods e conhaques desfiando um vastíssimo repertório. Rocks, tangos, blues, boIerões e o que mais rolasse. Certos traumas: “Me barraram no coral do colégio. Fiz teste com a mulher do piano e não passei”. Veio uma peça teatral, verão de 80-81: Paraquedas do Coração, montado no Circo do Arpoador. Cazuza era um pouco ator, e cantava. No elenco linha um moço chamado Léo Jaime, que falou assim: “Ó cara, conheço um grupo de rock lá do Rio Comprindo que tá querendo um vocalista. Vai lá. Cazuza foi. Os caras queriam uma garota cantando, mas o som super-heavy deu certo com Cazuza: era o Barão Vermelho. “E o resto”, ele diz, “ah, o resto é História”. Ou história? Dois LPs, a explosão de Beth Balanço, a paixão confessa de Caetano, Gil, Bruna Lombardi e todos nós. Cazuza agora, você sabe, é solo. 

Surpresa: ele adora Clarice Lispector. Tem Água Viva há anos na cabeceira, chegou a fazer uma música que nunca gravou. Paixão por Nelson Rodrigues: “Me comove tanto a piedade que ele tem pelo ser humano”. Piedade, palavra-chave na obra de Cazuza. Que dói, lanha e sangra. Lê mil Jornais por dia, atento ao horror solto por aí na Nova Idade Média. Foi de uma notícia sobre um bando de adolescentes que violava cadáveres num cemitério do interior deMinas que tirou um verso da proibida (e genial) Só As Mães... Barra pesada. Cazuza é proibido. Dark demais? Ou porque fala do real ali da esquina e cá de dentro? Val improviso, necrofilia. E rosas roubadas. Tem uma coisa nova nele crescendo, em direção à outra luz: “Tô me vendo mais social, mais preocupado com o coletivo, saindo daquela coisa reduzida de mesa de bar e dor de corno”. Cazuza é cândido, gentil e abandonado. Tem insônia, fica fazendo fantasias. A mais frequente: “Que tenho uma porção de irmãos e todos dormem no mesmo quarto, em beliches”. Você sente falta de irmãos, Cazuza? Mas você tem tantos, menino. Um beijo."

sábado, 16 de fevereiro de 2013





"A mulher interessante não é propriamente bonita, mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos e uma malícia que inquieta a todos quando sorri. As pessoas se questionam: o que é que essa mulher tem? Ela tem algo." — Martha Medeiros

“Meu tipo preferido de gente é aquela que espirra engraçado, que ri com a mão na barriga, que canta e dança qualquer música. Aquele tipo de gente que tropeça e finge que tá correndo, que sai de pijama na rua, que acorda rindo. Gente que não planeja tudo. Gente que pede licença, que diz “obrigado”, que pede desculpas, que chora assistindo filme. Aquele tipo de gente que é muito sincera, mas sabe quando e como falar, aquele que conversa olhando nos olhos. Aquela gente que diz que te ama, que mexe no cabelo dos outros, que lê as coisas no elevador, que conta piada, que joga conversa fora, que te organiza uma festa surpresa, um almoço ou um jantar surpresa… Aquele tipo de gente que te faz sorrir, que te faz sentir importante, que se importa. Aquele tipo de gente que não tem vergonha de ser feliz. Gente que gosta de gente!” ( Autor Desconhecido )

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Não era nem triste e nem feliz, era vazia (...)


Decidir que quero sempre me apaixonar, por que sofrer dói, ser abandonada dói, mentiras também doem, mas ser vazia dói muito mais. Dói por que não tem o frio na barriga a cada encontro, dói por que não se tem em quem pensar a noite, dói por que a intensidade perde o sentido, dói por que não há com quem dividir e viver, dói por que estar sozinho dói mesmo, independente de quando e onde. 
É pra evitar a dor do vazio que quero a paixão que te toma por completo, cansei de vazios e de pessoas vazias, quero transbordar sentimentos e intensidades, quero sorrir pro nada e ser feliz com tudo, quero beijos no fim do dia e carinho ao nascer do sol, quero brincadeiras bobas e apelidos doces, quero carinho, amor, compreensão. Quero tudo que uma paixão arrebatadora pode te oferecer, quero aqueles sentimentos que te rasgam e dilaceram por inteiro, quero a sensação de querer alguém sem medidas; quero tudo que possa me fazer querer sempre mais. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dormiu tarde e acordou cedo, olhava pela janela e ainda não tinha conseguido entender o sonho que tivera, na verdade mal lembrava do que tinha sonhado - só sentia que era bom; algumas imagens borradas de um lugar distante.

Faltava mesmo um amor, ou uma paixão das boas.


"Mesmo sem ter ou por que ela sorriu, levantou-se com calma e levou o dia como sempre - brincou, conversou, riu... Viveu - porém, ainda que tivesse acordado tão leve, no final do dia se sentia pesada novamente. Tudo estava completo, mas ainda assim faltava mesmo um amor, ou uma paixão das boas.
(Lorena Brito)